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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Torcedor é retirado, e Geral entra em confronto com BM na Arena do Grêmio

Antes da partida entre Grêmio x Fluminense, torcedores do Grêmio e Brigada Militar entraram em confronto no setor da Geral. O motivo: a retirada de um torcedor célebre, o Gaúcho da Geral, como é conhecido Juliano Franczak.
Com bombachas, camisa do Grêmio e bandeira do Rio Grande do Sul na mão, Juliano é figura conhecida na Geral muito antes do clube se mudar para a Arena. Por um problema na perna, Juliano entrou no estádio com uma muleta – e a muleta passou a servir de mastro para a sua tradicional bandeira gaúcha. Aí começou a confusão.
Segundo o major Francisco Vieira, do Batalhão de Operações Especiais, a Brigada Militar retirou Juliano por dois motivos: o fato de ele estar sobre no alambrado que dá acesso ao campo e o porte de uma bandeira de mastro, que não é permitida pela polícia. “Se ele cair ali, cai no fosso”, disse o major – referindo-se ao acidente que ocorreu na partida Grêmio x LDU na Libertadores. “Depois que houve o acidente na avalanche não pode subir, ali não é lugar para ficar”, afirma o major. Juliano afirma que o lugar é bem mais seguro hoje. “Os ferros ficam na altura do peito, quem sobe quase um degrau fica no gradil. Não tem risco nenhum. Na reforma que eles fizeram fica protegido, tinha gente ali no último jogo”.
A retirada de Juliano do campo revoltou torcedores da Geral do Grêmio, que começaram a cercar a Brigada Militar. Segundo o major, os torcedores “foram para cima” dos brigadianos, que começaram a se retirar do setor. De acordo com Juliano, os policiais “partiram para a ignorância”, o que provocou a revolta dos outros adeptos do setor da Geral. Um vídeo veiculado pela TV Bandeirantes mostra o estopim da briga.
De acordo com o major Vieira, um orientador foi agredido – “quase quebrou a mão” – e os torcedores arremessaram objetos contra a polícia. Juliano afirma que foi agredido por um policial com um golpe de cassetete que atingiu suas costas, como é demonstrado em uma foto e em um vídeo.
O major elogia a ação preventiva da Brigada Militar. “A Brigada poderia ter entrado com pelotão, com batalhão, mas não. Simplesmente retiramos do local (o torcedor). Não quisemos fazer um negócio maior para não dar problema”.
Juliano, por sua vez, critica o que considera uma perseguição da polícia. “Quando eles me retiraram para o campo, bateram em mim sem fazer nenhum tipo de reação”. Afirma que ocorreu em outra ocasião algo parecido: “Fui retirado do campo por acender um sinalizador, mas se for procurar no vídeo, foram outros que acenderam. É uma perseguição, ‘tira o Gaúcho que é mais fácil’”, diz o torcedor, que foi para o Juizado Especial Criminal (Jecrim) onde foi autuado por “conduta inconveniente”. “Ele já tinha outras ocorrências e não pode fazer transação penal”, afirma o major Vieira. Juliano declara que nunca foi impedido de ir aos jogos do Grêmio. “Já propuseram isso, mas eu sempre falo para correr na Justiça”.
De acordo com Vieira, os torcedores que entraram na briga estão sendo identificados. “Vamos fazer uma força-tarefa, com integrantes da Arena, do Grêmio, da Geral. Vamos pedir o banimento deles. Somente prejudicam o Grêmio, isso não é torcedor”, diz o major. Juliano considera que isso pode servir de argumento para um Gre-Nal de torcida única. “Daqui a pouco para eles é mais fácil interditar a Arena. Se for ver a confusão foram eles mesmo que causaram, porque tiraram uma pessoa inocente que não faz nada”, diz o Gaúcho.
O major afirma que a polícia tentou evitar o confronto. “A Brigada só vai porque os orientadores pedem e são agredidos. Na hora, a BM saiu do ambiente, não quis confronto. Vamos buscar a identificação de todos para um processo legal”.
Juliano se diz cansado das confusões. “Eu acordei cedo, trabalhei pela manhã, e não é a primeira vez que isso acontece. Estou pensando em ‘largar fora’, abandonar a Arena, ir só em jogos fora de casa, onde sou bem recebido. Os caras tão tratando como bicho, como marginal”, diz o torcedor.

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