Brasileira conquistou uma prata e um bronze em Mundiais e busca no Rio o
ouro inédito. Brasil ainda tem Maria Portela e Eduardo Santos nesta sexta
bir no pódio do Mundial de Judô não é novidade para Mayra Aguiar. Aos 22 anos, a judoca é um fenômeno do esporte no país. Em 2010, em Tóquio, aos 19, conquistou a medalha de prata. Um ano depois, em Paris, trouxe o bronze. Falta para a gaúcha líder do ranking mundial o ouro. Ela espera repetir o que Rafaela Silva conseguiu na quarta-feira, no Rio de Janeiro, no ginásio do Maracanãzinho. Mayra chega como favorita da categoria meio-pesado (até 78kg), principalmente após a lesão da americana Kayla Harrison, pedra no sapato da brasileira. A estreia será contra a vencedora do duelo entre a venezuelana Keivi Pinto e a italiana Assunta Galeone.
- A competição é mais forte que uma Olimpíada. Eu entro como líder do ranking, mas isso não quer dizer que sou favorita. Em vez de uma atleta de cada país, temos até duas. São duas japonesas, por exemplo, duas francesas - declarou a brasileira, tirando a pressão de cima de si.
Além de Mayra, o país ainda terá no peso médio (até 90kg) Eduardo Santos, que entrou de última hora na delegação, substituindo Tiago Camilo, cortado por lesão, e Maria Portela no peso médio (até 70kg). Eduardo encara o sueco Joakim Dwarby em sua primeira luta. Já Portela pega a dinamarquesa Emilie Sook. O SporTV transmite o evento ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeos a partir das 9h.
Mayra lutou primeiro mundial com 16 anos
Aos 16 anos, ainda menina, Mayra lutou o Mundial do Rio de Janeiro de 2007, que consagrou João Derly como bicampeão. A judoca era sparring do amigo, e agora, aos 22 anos, está pronta para brilhar no mesmo palco. Suas principais rivais são a húngara Abigel Joo, segunda no ranking mundial, a francesa Audrey Tcheumeo, atual campeã mundial, e a britânica Gemma Gibons, prata em Londres 2012.
- Era uma menina. Nem sabia o que era um Mundial. Entra um pouco de pressão sim, mas motivação também. São os dois lados sempre. Vou buscar sempre o lado da motivação. Vou lutar feliz e fazer o que gosto. É isso. E histórias como a do João me deixam motivada e pronta para buscar o meu objetivo - frisou Mayra, bronze em Londres 2012.
Portela acredita em pódio
Maria Portela chega ao Mundial como a oitava do mundo. Em 2011, em Paris, a brasileira foi eliminada na segunda luta após um golpe ilegal. Agora, ela quer o pódio. Na sua frente estarão a número um do mundo Kim Polling, da Holanda, Lucie Decosse, da França, bicampeã mundial e campeã olímpica no ano passado, além da campeã mundial de 2009, a colombiana Yuri Alvear.
- Eu quero subir no pódio. Vou brigar por medalha. Me preparei para isso. Nessa reta final, a gente acerta apenas os detalhes. A vinda do João Derly e do Flávio Canto nos ajudou bastante, deu bastante confiança, acalmou a ansiedade. Um é bicampeão mundial, o outro tem experiência e medalha olímpica. Agora mexe mais com o emocional, com a cabeça, do que tecnicamente falando. Em 2011, acabei parando na segunda luta, por uma punição, fui eliminada. Pretendo não repetir isso. Minha categoria está muito forte, mas me considero capaz de chegar. Estudei todas as minhas adversárias e já sei o melhor caminho para cada situação - afirmou Maria, que inicia a disputa contra a dinamarquesa Emilie Sook.
Já Eduardo Santos, número 38 do mundo, substituiu o campeão mundial em 2007 Tiago Camilo, que sofreu uma luxação no ombro e foi cortado da seleção. Ele estava convocado na disputa por equipes, mas veio para a individual. Eduardo emocionou o país em 2008, em Pequim, quando pediu desculpas pela derrota, por não trazer medalha. Agora, mais experiente, ele está tranquilo e garante que a ansiedade está controlada. A estreia é contra o sueco Joakim Dvarby.
- Para mim a expectativa é boa, mas estou tranquilo, do mesmo jeito que estava quando fui convocado para a disputa por equipes. Não penso muito nessas coisas. A ansiedade só aumenta mesmo quando chego ao ginásio, mas depois também passa - diz o judoca, que não terá vida fácil diante do grego Ilias Iliadis, que reinava absoluto na categoria até Londres 2012 e do vice campeão olímpico em Londres e atual líder do ranking Asley Gonzalez, de Cuba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário