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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Briga por Maracanã e pressão de torcida encerram amizade entre Vasco e Flu

Presidente do Fluminense (e) e mandatário vascaíno trocaram farpas em entrevistas
A relação amistosa entre Vasco e Fluminense terminou. Parceiros nos últimos anos, os clubes não se entenderam por conta da nova configuração de entradas no Maracanã e romperam a ligação. A briga pela localização das torcidas em suas posições tradicionais deu origem ao fato. Além disso, a situação piorou com a pressão de cartolas e organizadas para que os clubes não cedessem em reuniões realizadas na sede da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) antes do clássico de domingo, às 18h30, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.
A torcida do Vasco costumava ficar ao lado direito das cabines de rádio antes da reforma no Maracanã. Agora, o setor pertence ao Fluminense, que assinou contrato por 35 anos com o consórcio que administra a arena, tendo prioridades pelo acordo. O time das Laranjeiras terá uma área fixa com loja e sala de atendimento. Os vascaínos se revoltaram e argumentaram que a mudança fere uma tradição iniciada na década de 50 e pode colocar em risco a segurança do público.
Antes mesmo de se pronunciar oficialmente, o Tricolor das Laranjeiras colocou os ingressos para a partida à venda com a nova determinação. A atitude foi o estopim para que as torcidas organizadas de Vasco e Fluminense trocassem notas e farpas através das redes sociais. Os cruzmaltinos, inclusive, prometem se concentrar na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ao lado do Maracanã) para promover uma manifestação sem adentrar ao estádio no dia do jogo.
A postura intransigente dos clubes foi motivada também pela pressão de cartolas nos bastidores. Curiosamente, correntes de oposição abasteceram a revolta das torcidas. Um grupo de vascaínos foi até a sede da Ferj e protestou contra as mudanças na última quarta-feira. O ex-presidente Eurico Miranda esteve no local como consultor da entidade e orientou os torcedores do clube de São Januário sobre a postura durante o ato, tentando tirar proveito da situação para aumentar sua influência no Vasco.

DINAMITE LAMENTA INVERSÃO DE SETORES: "SE FOSSE TORCEDOR, NÃO IRIA"

Sabedor de que não poderia baixar a guarda, o presidente Roberto Dinamite adotou postura rígida pela manutenção da tradição no Maracanã. No entanto, sem o aval do presidente do Fluminense, Peter Siemsen, o clima de constrangimento e alfinetadas dominou a reunião por mais de quatro horas na sede da federação. A preocupação com a segurança é considerável e um encontro será realizado nesta quinta-feira para discutir o caso com as torcidas organizadas.
Recentemente, o Cruzmaltino ajudou o Fluminense e cedeu São Januário para que o rival mandasse os seus jogos. Com o Engenhão fechado desde março por problemas na cobertura, o Tricolor poderia ter que mandar partidas da Libertadores fora do Rio de Janeiro.
O aluguel foi cobrado pelo valor de R$ 70 mil, mas chegou a ser reduzido pela metade em algumas ocasiões. Sempre que solicitado, o Vasco colaborou com o Tricolor nos últimos anos. Desta vez, a agremiação esperava a retribuição. O gesto não aconteceu e encerrou a boa relação entre os clubes.
"Que isso sirva de aprendizado para mim e para o Vasco, porque sempre pensamos, acima de tudo, no bem do futebol carioca. E eu sou muito criticado por vascaínos por essa postura, de tentar o diálogo. Sempre atendi às solicitações do Fluminense em relação ao estádio. Sei que agora preciso ver a quem ajudar", disse Roberto Dinamite.

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