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sábado, 22 de junho de 2013

Discurso de Dilma faz líderes anti-Copa cogitarem pausa em protestos

A entrada de um discurso conservador, o crescimento do vandalismo e, principalmente, o aceno da presidente Dilma Rousseff devem diminuir a pressão sobre a Copa das Confederações. Neste sábado, a Comitê Popular da Copa de Salvador pode decidir pausar os protestos contra a competição, decisão que deve ser acompanhada pelas outras cidades-sede nos próximos dias.
"A gente ainda está tentando ver se vale a pena. Como Comitê, vamos avaliar se vale a pena puxar o protesto, porque talvez não seja o momento", disse Argemiro Almeida, coordenador da Frente Popular de Salvador e membro da Articulação Nacional dos Comitês, que destacou a fala da presidente Dilma na última quinta. "Ela nos chamou para conversar, que era o que a gente mais queria", completou.
A princípio, Salvador seria palco de mais uma grande manifestação antes de uma partida da seleção brasileira contra a Itália, neste sábado, como aconteceu em Brasília e em Fortaleza. O ato da capital baiana, no entanto, pode não ter o apoio do Comitê Popular, fará uma reunião decisiva sobre o assunto neste sábado, por volta das 10h.
A manifestação pode acontecer mesmo sem a presença do Comitê, mas a eventual ausência tende a enfraquecer o ato. Em Brasília e Fortaleza, assim como em outras cidades que viveram dias de protestos contra a Copa das Confederações, a Frente Popular esteve sempre envolvida nos chamados, o que pode mudar depois do pronunciamento da presidente.
Em um discurso veiculado em rede nacional, Dilma manifestou apoio às mobilizações que tomaram conta do país, mas condenou duramente os atos de violência que acompanharam alguns dos protestos. Além disso, disse estar aberta a receber líderes de movimentos sociais que queiram discutir pautas sobre diversos temas.
A fala da presidente coloca os manifestantes em xeque. Se o Governo Federal está disposto a conversar, manter-se na rua em conflitos constantes com a polícia não seria um ato tão justificável. Além disso, a pausa serviria para manter afastados dos movimentos os manifestantes mais conservadores, figuras cada vez mais presentes especialmente nos atos relacionados à questão do transporte público.
Em São Paulo, por exemplo, o MPL (Movimento Passe Livre), que encampou o início dos protestos, já anunciou sua retirada das ruas, justamente por entender que setores conservadores estariam se apropriando do movimento. Pausar os protestos contra a Copa das Confederações não significa, no entanto, que as Frentes Populares abandonaram a discussão sobre os grandes eventos.
"Entendemos que a Copa do Mundo é um negócio imposto pela Fifa - conjuntamente com os grandes conglomerados empresariais e compactuado pelo Estado Brasileiro - que viola os direitos humanos. Direitos sociais conquistados com muito esforço no Brasil estão sendo suprimidos para a realização desse negócio", diz o manifesto assinado pela articulação nacional dos comitês populares.
Um ato específico está marcado. No dia 30, data da final da Copa das Confederações, o grupo deve concentrar seus esforços em uma manifestação que promete ser gigante no Rio de Janeiro. Além disso, todas as outras cidades-sede também reverberariam a questão.
"Por que a final é importante para nós? Porque ela é o fim da primeira etapa, que é a Copa das Confederações, e é importante ter essa visibilidade", disse Argemiro Almeida. 

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