Em 1994, Carlos Alberto Parreira começou com Raí no time titular. Depois, o ex-jogador do São Paulo foi substituído por Mazinho e não voltou mais.
O Brasil acabou campeão.
Em 2002, Luís Felipe Scolari iniciou a campanha do penta com Juninho Paulista como titular. Depois de alguns jogos, o também ex-são-paulino foi substituído por Kléberson — e também não recuperou mais a posição.
O Brasil acabou campeão.
Brasil, 2014. Luís Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira estão trabalhando juntos na seleção brasileira. A seleção começou o torneio com Paulinho como titular. Foi substituído por Fernandinho, que além de ter jogador muito melhor do que o titular, fez o quarto gol brasileiro na vitória por 4-1 diante de Camarões, nesta segunda-feira.
Presságio?
Pra quem acredita em sinais que preveem o futuro, certamente que sim.
O futebol é um mundo permeado por superstições. Ninguém passa ileso a elas.
Por conta disso, a chance de Fernandinho ser mantido como titular na vaga de Paulinho é imensa. É a chance de o Brasil repetir 1994 e 2002.
Mas se eu fosse Felipão e Parreira, não faria apenas esta mudança. Eu mexeria em mais três posições.
Colocaria Willian no lugar de Oscar, Ramires na vaga de Hulk e Maicon no posto de Daniel Alves.
Júlio César; Maicon, Tiago Silva, David Luís e Marcelo; Luiz Gustavo, Ramires e Fernandinho; Willian, Fred e Neymar.
Esse é o time titular; ou melhor, o meu Brasil titular.
E pra ser campeão, o time tem que jogar para Neymar. E torcer para ele brilhar.
Ganhar a Copa do Mundo, como já disse, passa necessariamente por Neymar.
Se ele jogar bem, as chances do Brasil são grandes. Se ele jogar mal, elas inexistem.
Com os dois tentos feitos diante de Camarões, Neymar atingiu o posto de sexto maior artilheiro da seleção brasileira: 35 gols. E com apenas 22 anos.
Apenas Pelé (77), Ronaldo (62), Romário (55), Zico (48) e Bebeto (39) fizeram mais gols que Neymar.
Neymar é gênio.
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