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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Governo dá R$ 56 mi a esporte olímpico, mas base fica de lado

Para melhorar a performance do Brasil nos Jogos do Rio-2016, o Ministério do Esporte  já investiu diretamente R$ 56 milhões nas confederações olímpicas em 2013, mas são poucos os recursos para programas de formação de atletas. Os números foram obtidos em levantamento do blog sobre valores já liberados, e representam patamar inédito que pode chegar a R$ 80 milhões ao final do ano.
Há três anos do início da Olimpíada, data exata desta segunda-feira, já não há mais tempo para encontrar novos esportistas que atinjam o alto nível no evento na maioria das modalidades, segundo cartolas.
dinheiro dado por investimento direto, por meio de convênios, é só uma parte das verbas federais para o esporte olímpico, que também inclui valores da Lei Piva (percentual de loterias que chega a R$ 160 milhões em 2013), patrocínios de estatais, lei de incentivo ao esporte e os programas bolsa pódio e atleta. Todos esses recursos tiveram aumentos consideráveis em relação aos níveis anteriores.
No caso do gasto direto, foram contemplados 33 projetos de 16 confederações, sendo 15 de esportes de verão e uma dos Jogos de Inverno. Desse total, o blog identificou como verba diretamente para a base apenas cinco deles.
São dois programas para bancar seleções sub-19 de basquete, e um para a seleção júnior do judô. O pentatlo moderno e o handebol investem dinheiro em núcleos para formação de jovens e um centro para a base.
Os outros 28 programas são, na essência, para atletas já formados que estão em nível de alto rendimento. Claro que investimentos em centros de treinamento e equipamentos podem também beneficiar indiretamente os mais jovens.
Dirigentes dos esportes olímpicos ressaltaram ao blog que são poucos os esportes onde é possível formar um novo atleta em quatro anos, quanto mais em três anos. A maioria fala em um ciclo de seis anos para ter um novo esportista em alto nível olímpico. Até por isso as confederações têm menos programas de base com vistas ao Rio-2016. Mas isso, claro, depende de cada modalidade.
Para Londres-2012, o Reino Unido iniciou o seu programa de medalhas com oito anos de antecedência. Só que houve um investimento forte em detecção de talentos no início de 2007 quando iniciou-se um programa nacional para formar atletas. Duas campeãs olímpicas, uma no boxe e outra no remo, saíram dali.
No Brasil, dirigentes olímpicos têm elogiado a maior celeridade do Ministério do Esporte para liberar verbas neste ano. Recursos para bancar centros de treinamento ou comissões técnicas têm saído com mais rapidez o que permite a manutenção do trabalho. Outros programas atendidos são para viagens ao exterior e compras de equipamentos.
Esportes que já têm uma base forte no Brasil, como são os casos do judô, vôlei e natação têm atingido um nível similar à elite mundial na infraestrutura oferecida aos atletas da seleção. Outros esportes com menos tradição no país, como lutas, pentatlo moderno e tênis de mesa têm experimentado pela primeira vez recursos técnicos antes inacessíveis. Mas seu trabalho de base ainda é iniciante porque as verbas começaram a chegar em grande volume em 2013.
Os recursos da Lei Piva também têm fatia pequena para a formação de atletas. O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) alega que essa não é sua função. Neste cenário, o mais provável é que os atletas brasileiros na Rio-2016 tenham acesso a uma infraestrutura inédita, mas não serão muitas as novas caras medalhistas como ocorreu com o Reino Unido.
O Ministério do Esporte não respondeu as perguntas do blog sobre seus investimentos diretos nos esportes olímpicos.

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