Em 2010, o atacante Mario Gomez, que recentemente deixou o Bayern de Munique e se transferiu para a Fiorentina, declarou que não entendia como a homossexualidade não era aceita no futebol em um país (Alemanha) em que até o Ministro do Exterior é assumidamente gay.
Após ser alvo, durante anos, de comentários homofóbicos, apesar de nunca ter declarado ser homossexual, o atacante enfim viu sua ideia de que os jogadores devem poder assumir que são gays sem ser alvo de preconceito ser defendida pela federação alemã. A entidade lançou nesta quarta-feira uma cartilha em que “convida” atletas gays a saírem do armário.
O UOL Esporte já havia, em março deste ano, adiantado esta cartilha, ao entrevistar Gerd Dembowski , sociólogo e consultor da DFB (sigla em alemão da federação) que fez parte do grupo que formulou a cartilha.
O texto, de 28 páginas, se chama “Futebol e Homossexualidade” e tenta acabar com o tabu no esporte. O objetivo é simples: ajudar jogadores gays e lésbicas a terem coragem de se assumir. Além disso, possui dicas de textos que tratam da homofobia no futebol.
“Qualquer jogador da Bundesliga ou de ligas menores que reconheça publicamente ser homossexual pode contar com nossa ajuda”, declarou Wolfgang Niersbach, presidente da DFB.
De acordo com o texto, o primeiro passo dos jogadores que desejam se assumir é conversar com colegas de equipe de confiança, com o treinador e, a partir daí, lutar contra o estigma dos homossexuais para com os torcedores e com companheiros que não aceitem bem a situação.
A Alemanha é um dos países que mais combatem a homofobia. O capital do país, Berlim, é governada por um politico assumidamente gay. O St. Pauli, clube da segunda divisão, já teve um presidente homossexual.
NA HOLANDA, PROPAGANDA INCENTIVA JOGADORES A SAÍREM DO ARMÁRIO
- Gay? Não há nada de estranho nisso. Este é o slogan da campanha desenvolvida pela agência Delight que foi oferecida à Federação Holandesa de Futebol, com o objetivo de incentivar jogadores a assumir a homossexualidade. O comercial tem o objetivo de combater a homofobia no futebol. Mostra a rotina de um jogador que vive literalmente dentro de um armário, e lança a pergunta: “Por que não sair? Seu time está ao seu lado”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário