Marconi Perillo (PSDB) esperava lucrar com a visita daSeleção Brasileira por Goiânia, mas certamente calcula alguns prejuízos com a partida de Neymar e companhia para Brasília, na tarde desta quarta-feira. O período de seis dias, somadas a passagem desta e da última semana, ficará marcado por fatos que colocam pressão sobre o governador. O objetivo máximo, de aproximar a Seleção do povo, não foi cumprido.
Durante toda a estadia dos brasileiros em Goiânia, a CBF alegou que a decisão de abrir os treinos ou não é de segurança pública. A Polícia diz que garantiria atividade aberto desde que fosse no Serra Dourada. Como o treino de despedida na quarta será na Serrinha, ao que tudo indica sem presença de público, os fãs da Seleção Brasileira terão de se contentar com os acenos de jogadores da janela do ônibus e alguns poucos autógrafos distribuídos na porta do hotel. Para acompanhar treinamentos, só mesmo subindo em muros, árvores ou coisas do gênero.
Perillo bem que tentou: nos bastidores, o governador tucano fez pressão para que a CBF marcasse os treinamentos para o Estádio da Serrinha, polêmica central de tudo que envolveu a passagem da Seleção por Goiânia. Com arquibancadas e boa localização, parecia o cenário perfeito para refletir a imagem da equipe pentacampeã mundial em sua popularidade junto aos goianos. Mas não deu certo.
Luiz Felipe Scolari e toda sua comissão técnica preferiram os deslocamentos até o Centro de Treinamento Edmo Pinheiro. Além de mais privacidade, o local oferece melhores instalações, sobretudo aparelhos de musculação. Atrás de tranquilidade e zero badalação, Scolari deixou a Serrinha em segundo plano. O ato natural reforçou a pressão em Perillo.
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